sábado, 31 de maio de 2014

Where the heart wanders

u-vula - vverlassen: efedra: Chapel of the Fool (Cover... | via Tumblr


Suspira o vulto do vento
E suas volúpias voláteis levianas
Contra as bocas rachadas e santas
Murchas dos homens desumanos

Voa o vento veloz vivo
Parindo do peito um pássaro de polida luz
Cujos espectros externos cheios de aspectos sombrios
Velejam cansados e tortos às duras penas e portas
Entreabertas e profanas do meu coração

Mira-me um vizinho tom de vinho mágico
Adormecendo as pontas finas dos meus dedos e
Rezando-me um beijo doce e cálido de sangue no
Vasto vulgor eterno do céu

Racham os lábios pálidos dos homens desumanos
E num frescor feroz de fúria
Escorre o mundo diluindo devagar os crânios
Restantes do fogo e um ardor manso, de nada

É a morte, meu amor, e a morte
Tem cheiro de vida
A nos sobressaltar como um cálice de vinho
Esvoaçando as nossas cabeças ao som
Da música celestial

Assim como o vento me sopra
E de nada me entristecem os vultos
Que me contam uma breve e harmônica
História de amor
É a morte, meu bem, e a morte
Tem cheiro de vida.